'Hip Hop é intervenção. O meu objectivo não é pôr ninguém a dançar, eu quero é pôr as pessoas a pensar'', diz Jorginho, um dos oito rappers entrevistados por Otávio Ribeiro Raposo. Para construir este documentário o realizador centrou-se em três zonas da periferia de Lisboa: Cova da Moura, Arrentela e Porto Salvo. Áreas muito conhecidas quase sempre pelas piores razões, mas Otávio Ribeiro Raposo quis mostrar o outro lado de uma mesma realidade: o rap negro destes grandes aglomerados populacionais na periferia de Lisboa e que criam uma espécie de circular envolvente à capital. O Rap Negro de Lisboa é uma espécie de grito de alerta contra o racismo, a violência policial e a pobreza. O dia-a-dia da população negra. O documentário foca-se nas letras das músicas rap, no seu conteúdo intervencionista, liberta as vozes e não limita os sonhos.